sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Tormentos: Da covardia dos movimentos

Preciso, forçosamente, extrair os tormentos que estão na minha mente, preciso de uma chave inglesa, ou o que seja, para que os tormentos saiam. Mas que não saiam bagunçados, preciso deles organizados, preciso entendê-los. Os demônios do homem sempre o atrapalharam, na maioria das vezes fugimos e, na tentativa de extingui-los, esquecemos, e repetimos nas próximas vezes o mesmo processo. No entanto, não quero apenas fugir, nem extinguir, quero entender, mas sinto o limite que percorre todo o meu intelecto. Ao mesmo tempo que extinguir soa como uma alternativa plenamente confortável, me vem na cabeça a inabilidade que poderei estar me sujeitando, uma inabilidade que me expõe à covardia, porque ser corajoso, nesse contexto, não parece atraente.